quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Sem raiz


Mais uma madrugada que chegou e me encontrou por aqui.
Hoje especialmente há um fantasma rondando em mim que não consigo identificar. O que me tira o sono nem sempre é ruim, mas também quase nunca é bom.
Estive a pensar sobre a relatividade do sabor que a lágrima pode ter. Essas mesmas lágrimas que não consigo deixar cair.
Talvez seja exatamente por isso que elas tenham um pouco do doce e um pouco do sal. Para que sirvam aos dois sabores.
São belas quando caem de felicidade...
São fel quando a dor é o que as derrama...
E eu não consigo nem uma sequer...
A mim parece que nem um dos sentimentos que me tomam sejam merecedores de uma só... fugidia que seja...
Pensamentos medíocres... sentimentos rasos... árvores sem raiz...
A luz do dia que chega não desperta o sol dentro de mim...

CB

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Tempo, tempo, tempo...


tempo, tempo, este ingrato...
sempre junto, sempre longe...
fugindo por entre os nossos vãos
parando por entre os nossos erros
quem disser que não se importa com a passagem do tempo
é porque nunca viveu a paragem das horas...
paralisia que apequena a alma e suprime o som das palavras.
quando tudo passa, menos o que nunca deveria ter chegado...

CB