Não
Eu não quero palavras bonitas
Perfeitas, limpas, nem mesmo as benditas
Quero as exlcuídas
Impuras, proibidas
Essas que tem um cheiro de malditas
Quero as que ficam no oco do silêncio
Que não tem som, nem podem ter
Essas que não dizemos, que são o que nos despe e nos entrega
Isso que fica no vão entre a boca e o ouvido
Quero o fruto, o proibido
Quero o silêncio que dá vida aos delírios
Quero o que me oprime,
O que tira o ar dos pulmões
O que coloca sangue em minhas veias
Quero os contrários do óbvio
O que não faz sentido
Tudo aquilo que me exclui
Não quero a palavra que salva
Não arrisco a salvação, pois que não me cabe
Quero os abismos, as profundezas
Os desencontros da alma
Não preciso estar perto de Deus
Perfeição demais, pois que não me cabe
Preciso é sair de mim, de tudo o que me cerca
Não quero a cerca e suas farpas
Quero integralmente
Quero absolutamente
Com fome, sede, gana e pressa
Conjugar o verbo mais oculto em mim
C.B.
Quero os contrários do óbvio
O que não faz sentido
Tudo aquilo que me exclui
Não quero a palavra que salva
Não arrisco a salvação, pois que não me cabe
Quero os abismos, as profundezas
Os desencontros da alma
Não preciso estar perto de Deus
Perfeição demais, pois que não me cabe
Preciso é sair de mim, de tudo o que me cerca
Não quero a cerca e suas farpas
Quero integralmente
Quero absolutamente
Com fome, sede, gana e pressa
Conjugar o verbo mais oculto em mim
C.B.
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