Não levantou-me de pronto. Primeiro acolheu-me em seu colo, recostou-me em seu ombro e envolveu-me com sua paz.
No chão dos meus pecados o Salvador se inclinara para que pudesse me alcançar. Depois ergueu-me num abraço demorado e conduziu-me pela mão. Paciente, relevou minha demora e inundou-me de amor.
Não que eu quisesse paz. Não que eu quisesse colo. Não que eu quisesse amor. Queria, antes, a solidão da desesperança que havia.
Mas isso não importa ao coração de um Pai.
Antes da vontade, vem o bem querer.
Antes de mim mesma, veio o Seu amor.
E a Sua luz se fez brilho em meu olhar.
Certeza de ser quem sou, quando eu me esqueci de ser alguém.
Certeza de chegar, quando eu não sabia continuar.
Certeza de ser feliz, quando eu só sabia duvidar.
Certeza de ser amada, quando eu não sabia mais amar
Amor que me invade e me devolve
Olhar que me acalenta e faz curar
Voz que me reconduz e que me diz:
"Filha, eu sempre estive aqui...
E nunca te abandonarei..."
Hoje, Pai...
Hoje eu sei...
carla b.
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